Serão concluídas até o final de novembro deste ano as obras de contenção de processos erosivos nas margens do rio São Francisco executadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em parceria com o Governo do Estado da Bahia em Malhada e Sítio do Mato, região do Médio São Francisco. A execução envolve recursos federais da ordem de R$ 34 milhões e já chega a 95%.
“O objetivo é proteger o rio do assoreamento, coibir a ocupação de áreas de preservação permanente e possibilitar aumento e/ou permanência do fluxo de água”, explica o engenheiro civil Cláudio Márcio Silva, gerente regional de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf em Bom Jesus da Lapa (BA) e fiscal da ação.
As obras contemplam implantação de cercas, recomposição vegetal de áreas de proteção permanente - com plantação de sementes e mudas nativas de gramíneas, leguminosas, árvores e arbustos -, contenção de margens, instalação de cais e de estruturas de acesso a aguadas (para que animais aproximem-se da margem do rio em áreas específicas) e ações de educação ambiental, além de execução de trincheiras e taludes, entre outras intervenções.
As espécies nativas usadas no trabalho de recomposição vegetal são calumbi, são joão, juá, unha de gato, pajeú, canafístula, cafezão, muquém e jatobá. As ações de educação ambiental, por sua vez, são realizadas por profissionais de assistência social que esclarecem as populações, inclusive comunidades escolares, sobre as intervenções que estão sendo realizadas e ensinam a comunidade a proteger o rio.
O termo de compromisso firmado com a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), que é vinculada à Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SHIS), envolveu também o município de Muquém do São Francisco, onde as obras já foram concluídas. Nas áreas ribeirinhas do município foram criadas escadas de acesso e sistemas de drenagem de águas pluviais.
Em Sítio do Mato a ação foi precedida da realocação de famílias que tiveram seus imóveis desmoronados por estarem situados muito próximos ao talude do rio São Francisco. “Antes das obras, a Codevasf construíu novos imóveis e realocou as famílias em outra área. Além de manter a integridade física das casas, a meta é restabelecer a harmonia, a segurança e a biota das margens do rio”, observa o fiscal da ação.
Já em Malhada, onde há avanço do rio em época de cheias, foi feito um cais de proteção em convênio com o município e um muro de proteção em pedra argamassada. No local está sendo feito retaludamento dos trechos urbanos - para proteção de imóveis e praças -, e rurais, para recompor os taludes que desmoronam com o avanço das cheias e geram o assoreamento. Também está sendo executado o reflorestamento das plataformas e dos taludes, além do cercamento das áreas e criação de acessos a bebedouros para animais à beira do rio.
“Com isso, se cria condição para o talude absorver as cheias e a correnteza do rio, e evitamos a acumulação de materiais nas margens por carreamento. Com o cercamento, é delimitado o acesso de pessoas e animais, evitando a destruição da mata ciliar. Simultaneamente a tudo isso, educamos a comunidade para praticar a preservação do rio de ações de assoreamento”, destaca Cláudio Márcio Silva.
Mais informações: http://www.codevasf.gov.br
Ascom
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